segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A Parábola dos dez servos e das dez minas.



“...Vou usar as suas próprias palavras para julgá-lo...”
Lucas 19:22


A Parábola conta sobre um homem nobre que partiu para uma terra distante,  a fim de ser feito rei e depois voltar. Chamou seus servos e lhes deu algumas atribuições para que fossem executadas conforme a capacidade de cada um num tempo determinado, que seria a sua volta.

Havia também naquela terra pessoas que não queriam que o Homem nobre reinasse sobre eles.
Enquanto o Senhor daqueles homens esteve longe, usaram suas habilidades  para realizar a tarefa que lhes foi proposta e obtiveram êxito, com exceção de um.

Mas por quê?

Esse servo tinha uma visão bem distorcida do seu senhor,  tinha suspeitas que seu senhor era um homem que ganhava respeito, admiração e reinava através do medo, que suas ações não compartilhavam um relacionamento de amor.

Aí foi seu grande engano!

Quando o Senhor volta e conversa com eles, o último revela algo que no ponto de vista dele poderia justificar sua conduta, que foi ficar inerte pelo medo. E naquele momento o Senhor conclui que não o julgaria pelo fato de não cumprir o combinado, mas que seria julgado pelas suas convicções, pelo seu ponto de vista, por aquilo que ele dizia sobre seu senhor.

“- se você acredita que sou assim, porque não viveu como acreditou! Você fala sobre coisas, todavia as suas ações provam contrário, com um artifício de medo. Ah! Meu caro, eu não saí de tão longe para vir trazer uma filosofia de medo, isso não daria certo!”

Parece que hoje no meio religioso isso se repete, aqui o texto não trata com todas as pessoas daquela terra, a fala é para um grupo de pessoas específicas, que são os “servos”. Para eles a forma de uma prestação de contas seria norteada pelas suas convicções alinhadas pelas suas práticas.

Muitas vezes podemos ver que alguns líderes ou irmãos trazem ensinamentos que servem apenas para outros, mas quando é para exemplificarem em suas práticas não conseguimos ver sequer um lampejo,  preferem viver dentro de um casulo protegido pela punição divina, e que os dias passam e nada parece mudar pela renovação da mente, parece que o compromisso do que foi proposto fica reduzido apenas em enterrar num determinado lugar.

Um pequeno exemplo do exposto é que alguns ensinam tudo sobre o que Deus quer para que o seu lar  seja um lar no qual Cristo seja o centro, entretanto em  suas casas existem separação de sentimentos, relacionamento e comunhão. Usam a palavra para impor medo e castigo, porém seus ensinamentos não passam de mero discurso.

Ensinam tudo sobre oração, fé, perdão... Mas no momento oportuno existem mágoas, ranço, tristeza e doenças.

“Os servos serão julgados pela sua própria boca.”

Que Deus ilumine nossas mentes.




Hermes Barros