“...Vou usar as suas próprias palavras
para julgá-lo...”
Lucas 19:22
A Parábola conta sobre um homem
nobre que partiu para uma terra distante,
a fim de ser feito rei e depois voltar. Chamou seus servos e lhes deu
algumas atribuições para que fossem executadas conforme a capacidade de cada um
num tempo determinado, que seria a sua volta.
Havia também naquela terra
pessoas que não queriam que o Homem nobre reinasse sobre eles.
Enquanto o Senhor daqueles homens
esteve longe, usaram suas habilidades
para realizar a tarefa que lhes foi proposta e obtiveram êxito, com exceção
de um.
Mas por quê?
Esse servo tinha uma visão bem
distorcida do seu senhor, tinha
suspeitas que seu senhor era um homem que ganhava respeito, admiração e reinava
através do medo, que suas ações não compartilhavam um relacionamento de amor.
Aí foi seu grande engano!
Quando o Senhor volta e conversa
com eles, o último revela algo que no ponto de vista dele poderia justificar
sua conduta, que foi ficar inerte pelo medo. E naquele momento o Senhor conclui
que não o julgaria pelo fato de não cumprir o combinado, mas que seria julgado
pelas suas convicções, pelo seu ponto de vista, por aquilo que ele dizia sobre
seu senhor.
“- se você acredita que sou assim,
porque não viveu como acreditou! Você fala sobre coisas, todavia as suas ações
provam contrário, com um artifício de medo. Ah! Meu caro, eu não saí de tão
longe para vir trazer uma filosofia de medo, isso não daria certo!”
Parece que hoje no meio religioso
isso se repete, aqui o texto não trata com todas as pessoas daquela terra, a
fala é para um grupo de pessoas específicas, que são os “servos”. Para eles a
forma de uma prestação de contas seria norteada pelas suas convicções alinhadas
pelas suas práticas.
Muitas vezes podemos ver que
alguns líderes ou irmãos trazem ensinamentos que servem apenas para outros, mas
quando é para exemplificarem em suas práticas não conseguimos ver sequer um lampejo,
preferem viver dentro de um casulo
protegido pela punição divina, e que os dias passam e nada parece mudar pela
renovação da mente, parece que o compromisso do que foi proposto fica reduzido
apenas em enterrar num determinado lugar.
Um pequeno exemplo do exposto é
que alguns ensinam tudo sobre o que Deus quer para que o seu lar seja um lar no qual Cristo seja o centro,
entretanto em suas casas existem
separação de sentimentos, relacionamento e comunhão. Usam a palavra para impor
medo e castigo, porém seus ensinamentos não passam de mero discurso.
Ensinam tudo sobre oração, fé,
perdão... Mas no momento oportuno existem mágoas, ranço, tristeza e doenças.
“Os servos serão julgados pela sua própria boca.”
Que Deus ilumine nossas mentes.
Hermes Barros
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