Mateus 16:24 "Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;"
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
A Parábola dos dez servos e das dez minas.
“...Vou usar as suas próprias palavras
para julgá-lo...”
Lucas 19:22
A Parábola conta sobre um homem
nobre que partiu para uma terra distante,
a fim de ser feito rei e depois voltar. Chamou seus servos e lhes deu
algumas atribuições para que fossem executadas conforme a capacidade de cada um
num tempo determinado, que seria a sua volta.
Havia também naquela terra
pessoas que não queriam que o Homem nobre reinasse sobre eles.
Enquanto o Senhor daqueles homens
esteve longe, usaram suas habilidades
para realizar a tarefa que lhes foi proposta e obtiveram êxito, com exceção
de um.
Mas por quê?
Esse servo tinha uma visão bem
distorcida do seu senhor, tinha
suspeitas que seu senhor era um homem que ganhava respeito, admiração e reinava
através do medo, que suas ações não compartilhavam um relacionamento de amor.
Aí foi seu grande engano!
Quando o Senhor volta e conversa
com eles, o último revela algo que no ponto de vista dele poderia justificar
sua conduta, que foi ficar inerte pelo medo. E naquele momento o Senhor conclui
que não o julgaria pelo fato de não cumprir o combinado, mas que seria julgado
pelas suas convicções, pelo seu ponto de vista, por aquilo que ele dizia sobre
seu senhor.
“- se você acredita que sou assim,
porque não viveu como acreditou! Você fala sobre coisas, todavia as suas ações
provam contrário, com um artifício de medo. Ah! Meu caro, eu não saí de tão
longe para vir trazer uma filosofia de medo, isso não daria certo!”
Parece que hoje no meio religioso
isso se repete, aqui o texto não trata com todas as pessoas daquela terra, a
fala é para um grupo de pessoas específicas, que são os “servos”. Para eles a
forma de uma prestação de contas seria norteada pelas suas convicções alinhadas
pelas suas práticas.
Muitas vezes podemos ver que
alguns líderes ou irmãos trazem ensinamentos que servem apenas para outros, mas
quando é para exemplificarem em suas práticas não conseguimos ver sequer um lampejo,
preferem viver dentro de um casulo
protegido pela punição divina, e que os dias passam e nada parece mudar pela
renovação da mente, parece que o compromisso do que foi proposto fica reduzido
apenas em enterrar num determinado lugar.
Um pequeno exemplo do exposto é
que alguns ensinam tudo sobre o que Deus quer para que o seu lar seja um lar no qual Cristo seja o centro,
entretanto em suas casas existem
separação de sentimentos, relacionamento e comunhão. Usam a palavra para impor
medo e castigo, porém seus ensinamentos não passam de mero discurso.
Ensinam tudo sobre oração, fé,
perdão... Mas no momento oportuno existem mágoas, ranço, tristeza e doenças.
“Os servos serão julgados pela sua própria boca.”
Que Deus ilumine nossas mentes.
Hermes Barros
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Liberdade no culto
Culto
Liberdade no culto
Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. (2 Coríntios 3:17)
Devido às nossas andanças por outras denominações e igrejas por não termos aqui a igreja que nos enviou, temos visto e vivido algumas experiências interessantes que nos tem feito refletir sobre alguns temas, um deles é quanto ao culto ao Senhor.
É notório na igreja contemporânea um movimento por “liberdade” no culto, o que traduzimos por ser o ato de se portar da forma como quiser durante alguns momentos.
Interessante também é o uso de alguns textos bíblicos para justificar essa “liberdade”, um deles é o texto que citei acima, principalmente em igreja onde existe uma ênfase da “ação” do Espírito Santo.
Este tema é bastante vasto e demandaria horas e páginas de estudo, mas gostaria de direcionar este artigo especificamente sobre o conceito de liberdade e algumas observações do dia-a-dia nos “cultos”.
Comecei a refletir sobre este tema após ouvir um dirigente ou pastor usar essa passagem da carta de Paulo aos coríntios para dizer que ao cantar uma determinada música o público estava muito parado e deveriam se mexer mais, afinal, há liberdade para isso. Vejam bem, não estou dizendo que não há liberdade para expressarmos o nosso louvor à Deus da forma como queremos. Mas importante saber é se de fato estamos cultuando à Deus e se de fato este ou aquele gesto ou ato está de fato demonstrando o nosso louvor, a nossa vida de adoração. Pior ficou quando o dirigente mostrou como deveria ser os gestos, normais até como o balançar dos braços, aí é claro que a maioria (mais de 90%) das pessoas o imitaram.
Pensando então em liberdade, que liberdade é essa que o dirigente diz como deve ser feito, as pessoas fazem igualzinho, como robôs e ainda por cima são criticados pelo mesmo dirigente de forma sarcástica que não foi “aquela animação”, “...mas foi um começo” disse o dirigente, quanta liberdade hein!
O mesmo se repete inúmeras vezes em diversas igrejas, o que se diz ser liberdade na verdade é uma imitação dos gestos de um dirigente, ou frases de efeito, jargões, etc, como por exemplo aquela coisa de “diga para a pessoa do seu lado...” ou “dê um abraço na pessoa ao seu lado”, etc... Se não há unidade, amizade, entre os irmãos, então não serão estes atos que o farão e isso está longe de ser liberdade.
Aplicando então o texto usado pelo dirigente, busquei reler os demais versículos anteriores e posteriores, e fui mais abençoado ainda com eles, principalmente o verso 16 “Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará.”, glória a Deus, Nosso Senhor, pelo ministério do Espírito Santo que nos dá a liberdade de termos acesso à Ele, acesso este representado pelo véu do templo que se rasgou por ocasião da morte de Cristo (Mat. 27:51).
Então a liberdade de que trata o texto citado não se refere ao comportamento do culto, mas sim ao ministério da reconciliação (2 Cor. 5:18) e da santificação promovido pela presença do Espírito Santo naquele que se converte ao Senhor. Liberdade que antes era dada apenas àqueles que tinham a unção do Senhor no Antigo Testamento, que eram os reis e sacerdotes, unção esta também que se refere àqueles que tinham o Espírito Santo presentes nas suas vidas. Sendo assim, hoje todo o crente, ou seja, aqueles que se convertem ao Senhor tem o Espírito Santo, a unção, para ter livre acesso à Deus (Ef. 2:18).
Em outro aspecto, o apóstolo Paulo orienta o culto recomendando cuidado com a tal liberdade no culto, como em 1 Coríntios 8:9 que diz “Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos.” quando trata sobre o que se come. Apesar de tratar sobre a comida oferecida aos ídolos, o que Paulo deixa claro que não tem efeito algum mais sobre os participantes da Nova Aliança, devemos cuidar para que aqueles que ainda não tem esclarecimento sobre estas coisas não venha a se escandalizar, assim também devemos tomar cuidado para não usar dessa liberdade de forma irresponsável. No verso 40 do capitulo 14 o apóstolo deixa uma última orientação quanto ao culto “faça-se tudo decentemente e com ordem.”, será que é isso que encontramos quando todos estão orando em voz alta ao mesmo tempo, uns gritando mais lato que os outros, alguns falando em “línguas” sem intérpretes, e gente andando para todos os lados balbuciando palavras sem sentido, isso é ordem?
Quando vemos as orientações quanto à ministração do culto no Antigo Testamento dadas por Deus, vemos uma ordem extremamente rigorosa, uma coisa feita de forma racional, inteligível, que todos pudessem ouvir e aprender, cantar juntos uma só canção. Paulo também fala disso também nos versos 30 e 31 do capítulo 14, “uns depois dos outros” não tem nada de todo mundo junto como vimos em algumas igrejas.
“Mas e a liberdade?” alguém pode questionar, não vemos nas escrituras que a liberdade é para se comportar da forma como quiser durante o culto à Deus, pelo contrário, quando estamos na presença de Deus, juntos com os irmãos, é para edificação do corpo, é preciso ordem, respeito, e sim liberdade para que todos possam expressar o que Deus tem feito na vida de cada um, afim de que o Senhor seja cultuado e adorado.
Além disso, a nossa expressão de louvor deve brotar de um coração sincero de um adorador, de uma vida de adoração. Às vezes batemos palma, levantamos as mãos, fazemos marchinhas, gestos, danças, ficamos em pé, porque todos estão fazendo ou porque a música ou os músicos pedem, isso está longe de ser liberdade, isso é ser uma marionete do sistema.
Liberdade no culto é poder cultuar sem precisar alguém mandar, seja sentado, em pé, em silêncio, se tudo for feito com decência e ordem, então estaremos vivendo nossa liberdade de acordo com A Palavra, afinal, temos livre acesso à Deus, estamos no Santo dos Santos em todo momento, porque agora já convertidos ao Senhor, nós somos o templo, nós somos sacerdócio real, a habitação de Deus através do Espírito Santo que em nós habita, aleluia ao santo nome do Senhor.
Natanael Takeo
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
sábado, 20 de setembro de 2014
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
João 14:6
Este
versículo é, para mim, um dos mais reveladores, no qual o Salvador norteia seus
seguidores.
É
interessante observar o contexto em que Jesus socorre os discípulos com essa
frase, ele vinha anunciando sua morte insistentemente e todos já estavam bem
tristes.
O que é
tão óbvio nesta declaração, na prática já não é tão evidente para a maioria de
nós cristãos.
"ninguém vem ao Pai, a não
ser por MIM"
O que
percebemos no meio religioso é que existem infinitas formas de levar à Deus, ou até mesmo dar uma ajuda para nosso Senhor
nos levar até o Pai.
Entretanto,
Jesus, o Deus-Filho nos garante levar ao Pai, e ponto. Não há mais nenhuma
informação conclusiva, nenhum aditivo.
Infelizmente
existem congregações religiosas que se intitulam como meio que se leva a Deus,
homens cheios de "fé" que também fazem essa garantia, doutrinas são
criadas como objeto de manipulação, muitas vezes Cristo é citado apenas como sendo uma forma de garantir
a veracidade da fala do “mensageiro”, apenas para validar as promessas,
benefícios, ganhos etc.
Jesus é
quem nos leva ao Pai!
Será
mesmo que existe mais alguma coisa além DEle?
Há conforto
quando lemos: EU SOU...
...O Caminho.
Existem
muitos conceitos criados para justificar algumas condutas e um desses é
"todos os caminhos levam a Deus", infelizmente não é isso que Ele diz.
Lamentavelmente
existem pessoas que já tomaram caminhos e parecem distante desse ponto de
partida que é Cristo!
Conforme
diz em Provérbios 14: “Há um caminho que
ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”,
atualmente os homens têm trilhado caminhos que aos seus próprios olhos parecem
ser o mais correto, santo e espiritual, um modelo a ser seguido! Na verdade, o
próprio Deus nos lembra de que “Deixe o
ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao
Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são
os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o
Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são
os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.”
Então,
quando Jesus diz Eu Sou o Caminho, trata-se de uma forma de viver, um
procedimento, é preciso que tenhamos cuidado com nossa forma de caminhar, Paulo
em Efésios nos chama a uma reflexão: "observe
a sua forma de caminhar".
Observe
se o Cristo e somente Ele é a base, o modelo e o caminho.
...A Verdade.
Hoje no
meio evangélico somos bombardeados com muitas convicções, tudo o que se expõe
usando fé para os "irmãos" tem pressuposto de verdade. Se uma pessoa
crê que ao usar a água do rio “Jordão” ficará curada, esta será uma verdade absoluta,
sobre a qual ninguém conseguirá provar o contrário. Existem tantas verdades,
que vão de crendices até cretinices.
Pessoas
personificaram o sagrado, criaram formas materiais e finitas do que é espiritual
e eterno. Em suas instituições usam o
nome de Cristo, mas se afastaram dEle.
A Verdade
é Cristo e seus ensinamentos.
A verdade
é exatamente o que Jesus em sua vida demonstrou.
Suas ações
são o modelo!
Quando
João Batista mandou dois de seus discípulos perguntarem a Jesus se ele era o
Cristo, o que Jesus fez não foi provar através de um longo discurso, mas sim
através de suas obras.
Não nos esqueçamos de que em João 1: 17 diz
que “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.
E aí, vamos começar então a olhar a Verdade?
Observar o que Cristo nos ensinou para que
possamos caminhar?
...A Vida.
Não tema a morte!
A missão de Cristo na terra foi trazer a reconciliação entre Deus e o homem através de seu Sangue. Ele é a fonte de vida "POIS NELE VIVEMOS, NOS MOVEMOS E EXISTIMOS"
A missão de Cristo na terra foi trazer a reconciliação entre Deus e o homem através de seu Sangue. Ele é a fonte de vida "POIS NELE VIVEMOS, NOS MOVEMOS E EXISTIMOS"
Ele nos
trouxe a esperança de vida, não apenas no sentido de existir, e no plano
espiritual, nos concedeu à vida eterna.
Jesus
ainda nos declara que Ele veio para que tenhamos vida, e vida em abundância!
Que Deus
nos ajude a entender essa linda declaração.
Jesus
Cristo é a afirmação que nos leva a Deus de forma segura, tranquila, bonita e
única!
Hermes
Barros
(Com
colaboração de Cleberson Farias)
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Hoje é o
dia das mães. Acho fácil falar sobre minha mãe. É uma santa. Perfeita. Ponto
final. Simples assim.
Quero ver
é falar bem de meu pai! O velho é infestado de defeitos: é chato, obeso,
ansioso, apurado, distraído, formal, insuportável, inconveniente, péssimo
piadista, brega, mandão, autoritário, pouco tolerante, descuidado com a
aparência, relapso com datas importantes, faz muitas perguntas e é completamente
desinteressado pelos afazeres de outros. Acho que essa é uma lista bem completa
de seus defeitos. É uma lista exaustiva.
Pode até
parecer uma queixa, mas não o é. Apenas consegui elencar esses defeitos de meu
pai, pois os possuo todos. Tenho todos os defeitos de meu pai – e, claro,
também agrego a eles os meus próprios, com a finalidade de dar um ar de
autenticidade ao que, pretensiosamente, chamo de meu caráter.
É fácil
ter os mesmos defeitos de meu pai. Quero ver é ter suas qualidades. Eu, que tenho
todos os seus defeitos – e os tenho em porção dobrada –, não possuo nenhuma de
suas qualidades. Ele sabe perdoar e esquecer, se dedica com esmero a coisas que
estão acima de seu alcance, age sempre de boa-fé e nunca presume a má-fé dos
outros, tem uma imensa consciência de seus deveres e obrigações, é pontual,
esforçado, se dedica a missões impossíveis por aquilo em que acredita, dá o
sangue e o tempo e o vigor (assim como deu sua juventude) a suas convicções, é
decidido, conseguiu ser exatamente o que queria ser, é feliz, vive no presente,
sabe ser amigo dos necessitados, tem uma sensibilidade aguçada, desconhece o
ressentimento e a ira, presta atenção às coisas, é detalhista, meticuloso, é,
acima de tudo, bom, altruísta, honesto, íntegro, reto, guiado por uma moral
rígida, nunca deixou de pagar uma dívida, ou de cumprir uma obrigação, é
incapaz de tentar tirar vantagem de qualquer situação que possa prejudicar a
outrem. Desapegado das coisas materiais, sempre que juntava dinheiro suficiente
para trocar de carro, conversava com minha mãe e acabavam decidindo colocar os
filhos em uma escola melhor, ou em dar este ou aquele curso a um de nós.
Passou, assim, vinte anos com o mesmo veículo apenas para que pudéssemos ter a
melhor educação que ele podia pagar.
É. Meu
pai é mesmo cheio de defeitos!
Luiz
Roberto Lins
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
"Ninguém acende uma candeia e a cobre com uma vasilha, nem a põe debaixo da cama; mas a coloca no velador,
para que os que entram vejam a LUZ"
"...e sereis minhas testemunhas"
vós sois...
Sal, Luz, O bom perfume de Cristo!
O que as pessoas estão vendo através de nossas vidas?
será que no ambiente em que estamos pode-se notar a presença de Luz?
o que nossas vidas expõem sobre Jesus Cristo?
"Jesus, porém, respondeu-lhes:
ninguém que ponha a mão no arado e olhe para trás é apto para o reino de Deus"
"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu"
Mateus 5:16
Hermes Barros
quarta-feira, 30 de julho de 2014
“... Alguns líderes estão mais preocupados com quantidades
ao invés de qualidade, tratam ovelhas como que se estivessem lidando com gado, afinal a quantidade de gado
revela o tamanho de nossa riqueza (...) porém, hoje temos uma igreja que
crescem em números, na qual as pessoas desse meio não é capaz revelar o reino, graça e amor de Deus, não é capaz de testemunhar e de fato salvar...”
"para se ter um grande número de pessoas não precisa de fé, você precisa de crença, ou mesmo de um entretenimento"
"para se ter um grande número de pessoas não precisa de fé, você precisa de crença, ou mesmo de um entretenimento"
quinta-feira, 17 de julho de 2014
"No começo aquele que é a Palavra já existia.
Ele estava com Deus e era Deus.
Desde o princípio, a Palavra estava com Deus.
Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas,
e nada do que existe foi feito sem ela.
A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas.
A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la."
João 1:1-5
João 1:1-5
terça-feira, 17 de junho de 2014
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Havendo Deus, antigamente, falado,
muitas vezes e de muitas maneiras,
aos pais, pelos profetas,
a nós falou-nos, nestes últimos dias,
Pelo FILHO,
a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e foi por meio DELE que Deus criou o Universo.
O FILHO é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser
e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados,
assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;
feito tanto mais excelente do que os anjos,
quanto herdou mais excelente nome do que eles.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Jesus Contra o preconceito
Texto : João 4:1-34
O Pr. Neil Barreto disse que o jejum,
que Jesus pede, é o de nos negarmos para seguí-lo, isto é, que façamos jejum de
nós mesmos. Do que se alimenta aquele que faz o jejum que Deus pede? Do que se
alimenta aquele que negou-se a si mesmo? O que lhe dá compensação pessoal? No
que ele se realiza? Quero responder à essas perguntas a partir do diálogo de
Jesus com a mulher da Samaria.
Jesus estava, estrategicamente, a
voltar para Galiléia, e decidiu passar por Samaria, o texto diz: “era-lhe
necessário atravessar a província de Samaria” - não era uma necessidade
geográfica, ou seja, esse não era o único jeito de chegar na Galileia partindo
do sul. Ele podia ir para a Galiléia sem passar pela Samaria, até porque a
relação entre judeus e samaritanos era muito ruim, e, portanto, era sempre
arriscado atravessar as terras samaritanas. Porém, como o evangelho de João nos
diz, “era-lhe necessário atravessar a província de Samaria”, então, eu concluo
que foi uma determinação de Jesus, alguma orientação que Ele recebeu do Pai, de
que Ele tinha de passar por Samaria.
Era hora do almoço, Ele estava com
sede e os discípulos foram comprar comida. Ele estava a beira de um poço,
quando veio uma mulher samaritana buscar água. O horário que essa mulher foi
buscar água era absolutamente impróprio, pois a região era semi-desértica,
fazia muito calor, e as mulheres não iam buscar água na hora do almoço. O fato
daquela mulher estar lá, por volta do meio dia, significava que ela tinha algum
problema com a comunidade dela. Ou ela não andava com as mulheres da
comunidade, porque haviam sido proibidas de andar com ela, ou ela decidiu que
não iria andar com as mulheres. Não sei. Porém uma coisa é certa, algo havia
acontecido.
Jesus está no poço, ela chega, e
Jesus diz: “Da-me de beber!" Ao ouvir isso, a mulher reagiu: “Como o
senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber? Porque os
judeus e os samaritanos não se davam." O que precisamos saber é que a
situação era muito densa. Primeiro, um mestre não devia falar com uma mulher.
Segundo, especialmente se fosse samaritana. Terceiro, um judeu não podia se
alimentar ou beber em prato ou cuia de samaritano, pois, se isso acontecesse,
ele ficaria quarenta dias sob maldição, impossibilitado de participar do culto
a Deus.
O ódio dos judeus aos samaritanos era
tão grande, que todo judeu, principalmente os fariseus, ao se levantarem de
manhã, davam graças a Deus por não terem nascido nem mulher e nem samaritano.
Por isso que, quando Jesus diz à mulher: “Da-me de beber", ele estava quebrando
um grande preconceito, na verdade quatro: o primeiro preconceito, que Ele ele
quebra, era o de falar com uma mulher, o segundo, era o de falar com alguém
samaritano, o terceiro, era o de pedir para beber água no mesmo copo que ela (o
que o tornaria imundo para os judeus) e, o quarto, era discutir teologia com a
mulher.
Quando a mulher diz “ Como o senhor,
sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?”, Jesus se explica, e
começa uma conversa teológica com a mulher, o que era absolutamente proibido,
pois os mestres não podiam falar com as mulheres, e as mulheres não tinham o
direito de receber nenhuma informação sobre a revelação, sobre as Escrituras e
sobre a vontade de Deus. Essas verdades divinas, só podiam ser ditas aos
homens, e eles as passavam para as mulheres (esposa, filhas, irmãs), pois elas
não tinham acesso direto.
Jesus começa a dizer para ela: “Se
você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria
pedido e ele lhe teria dado água viva”. Água viva, naquela época era a forma de
se referir à um rio de águas correntes. Ele quem puxa o assunto, Ele que chama
a mulher para conversar sobre coisas espirituais, o que significa que Jesus
está quebrando todos os padrões ao começar essa conversa. A mulher, dando
continuidade à conversa diz: “ O senhor não tem com que tirar água, e o poço é
fundo. Onde pode conseguir essa água viva?” Ela está sob impacto de um homem
judeu que pede para beber água do mesmo copo que ela, então, percebe que Ele
está tratando de uma coisa espiritual e diz: “ és, porventura, maior que nosso
pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e
seu gado?” E Jesus diz que era maior que Jacó ao dizer: “Quem beber dessa água
terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá
sede. Ao contrario, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a
jorrar para a vida eterna” . Ele estava falando do Espirito Santo, o que o faz
quebrar outro preconceito, oferecendo o Espirito Santo para uma mulher samaritana
(que é o cumprimento da profecia de Joel, que os judeus entenderam que era
apenas para eles. Jesus oferece a profecia, que, portanto, seria apenas para os
judeus, para a mulher samaritana).
Com Jesus dando continuidade à
conversa, a mulher responde: “Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha
mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água”. Nesse momento, parece que
Jesus retoma á posição de mestre, e diz a ela: “Vá, chame o seu marido e
volte”, ao que ela respondeu: “Não tenho marido” , e Jesus replicou: “Você
falou corretamente, dizendo que não tem marido. O fato é que você já teve
cinco; e o homem com quem agora vive não é seu marido. O que você acabou de
dizer é verdade.” A mulher leva um susto e diz: “Vejo que és profeta!”.
Agora, o que Ele diz dessa mulher é
muito curioso, pois essa mulher teve cinco maridos. A gente tem, como a
primeira impressão, a de que estamos tratando com uma mulher com um problema
moral seríssimo, porém, não faz sentido pensar assim, porque ela teve cinco
maridos, não cinco amantes. Ela devia ser uma mulher extraordinária, pois cinco
homens quiseram se casar com ela. Mas, quatro maridos deram-lhe carta de
divórcio, e o quinto, deve tê-la repudiado; ela se une a um sexto homem, mas
esse homem não é seu marido. Do ponto de vista daquela tradição, tanto da
judaica quanto da samaritana, ela estava em pecado, porque o quinto marido,
provavelmente, a repudiou. Quando o sexto homem quis se casar com ela, mesmo
assim, ele não pôde, pois ela havia sido repudiada, não havia recebido carta de
divórcio, então, o relacionamento era tido como adulterino.
Que mulher extraordinária é essa, que
cinco homens querem se casar com ela? E que mulher é essa que quatro homens
deram-lhe carta de divórcio e o quinto, provavelmente, a repudiou? Não deve ser
por questões morais, porque se fosse, ela não se casaria pela segunda vez... De
jeito nenhum! Essa história de sucessivos casamentos, fruto do desejo que
despertava, mesclada com sucessivas rejeições, parece que se explica por ela
ser o tipo de mulher que ela demonstra ser, nesse diálogo com Jesus, uma mulher
que tem opinião própria, o que, naquela época, era o mesmo que ofender séria e
profundamente a um homem.
Me lembro que, certa feita, os
organizadores de um congresso de missões, trouxeram do Oriente Médio, um ex
muçulmano convertido à Cristo, que era uma espécie de consultor para
missionários ocidentais que queriam ir para o Oriente Médio, que sempre era
chamado para dar treinamento a esses missionários.
Naquele congresso especifico, algumas
irmãs pediram para ter uma reunião com ele, pois queriam saber como poderiam ir
para o Oriente Médio para evangelizar as mulheres. Esse irmão, então, começou a
aula para as mulheres dizendo que elas nunca iriam conseguir evangelizar as
mulheres do mundo dele. Quando elas perguntaram, por quê? Ele disse “Porque as
senhoras estão olhando nos meus olhos, me fazendo uma pergunta direta, e não
pediram licença para fazer a pergunta. Isso é inadmissível para uma mulher na
minha cultura. Elas estariam olhando para o chão, não me contestariam, e
pediriam permissão para me fazer uma pergunta”.
Essa mulher samaritana tinha essa
postura, reprovada pelo consultor missionário, de quem não se submete
facilmente, de que tem opinião própria, de quem quer participar, e isso era um
tabu. E vemos isso na forma como ela fala com Jesus, se contrapondo a Ele:
“Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?”.
Quando ela diz: “acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó?”, vemos a
percepção teológica dessa mulher. Ela sabe que está diante de um milagre, pois,
aquele poço tinha mais de mil anos, e continuava a dar água.
Ao ser perguntado se era maior que
Jacó, Jesus responde, como se dissesse: “Sou, pois que o eu ofereço é Vida
Eterna, e Jacó não tinha como oferecer isso”. Assim que a mulher disse que
queria da água, Jesus pede para ela chamar seu marido, ao que ela revela que
não tinha marido. É como se ela dissesse: não tenho ninguém a quem chamar, não
chamarei ninguém, se quiser falar sobre algo comigo, faça-o a mim, ou não o
fará. Essa senhora parece mais uma precursora do que chamaríamos, hoje, de
emancipação feminina.
Quando aquela mulher disse a Jesus
que não tinha marido, foi surpreendida por Jesus que disse: “é verdade, pois,
esse que está com você, agora, não é seu marido, isso você falou com verdade”.
Estamos diante de uma mulher especial, sofrendo o tabu da sua geração.
Porém, ela está sendo salva por um
Deus que quebra tabus, desconsidera preconceitos e liberta os homens dos
efeitos destes preconceitos, assim como clama aos preconceituosos que se
arrependam, enquanto é possível. Preconceito é o supra-sumo da auto veneração.
Qualquer pessoa que discrimine a outro ser humano é réu do inferno.
Jesus começa a dizer-lhe algo que ela
jamais esperaria ouvir de um homem, ainda mais de um judeu, ainda mais de um
mestre. Ela diz, “senhor, vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste
monte, vós, entretanto dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” e
Jesus lhe disse, “Mulher, podes crer que a hora vem quando nem neste monte, nem
em Jerusalém adorareis o Pai, vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o
que conhecemos porque a salvação vem dos judeus, mas vem a hora, e já chegou,
em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espirito e em verdade porque
são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espirito, e importa
que seus adoradores o adorem em espirito e em verdade”. Essa frase de Jesus é
extraordinária, porque adorar não é cantar. Adorar, é pedir perdão para Deus.
Quando ela diz “nossos pais adoravam
nesse monte” está apontando para o monte Gerizim, onde as tribos do norte
construíram um templo, que rivalizava com o templo de Jerusalem.
Historicamente, o monte de Gerizim era o lugar mais adequado para construir um templo,
pois quase tudo o que aconteceu na história de Israel em termos de adoração a
Deus, aconteceu no monte Gerizim. Davi, entretanto, conquistou a terra dos
Jebuzeus, conquistou o monte Sião, conquistou Jerusalém, e o Senhor decidiu que
se poderia construir o templo em Jerusalem.
O que se fazia no templo? A pessoa
que ia no templo, tanto em Gerizim, quanto em Jerusalem, ia pedir perdão. Por
que o sujeito está indo no templo? Porque ele quebrou a lei de Moisés e vai
levar um animal para morrer no lugar dele. Adorar a Deus, é pedir perdão.
E isso me parece absolutamente
natural, porque tudo o que eu disser a Deus, não o alcança. Eu posso dizer que
Deus é bom, mas o bom que eu sou capaz de dizer é infinitamente menor do que o
bom que Deus é. Eu posso dizer que Deus é amor, mas o amor que eu sou capaz de
dizer, é infinitamente menor que o amor que Deus é. Então quando é que a minha
palavra realmente toca Deus? Quando eu digo a Ele: ‘ Me perdoa Senhor, faça em
mim a tua vontade’. Isso é adorar a Deus.
Jesus diz para a mulher “O lugar de
adorar é em Jerusalém, pois a Salvação vem dos judeus, nós recebemos a
revelação, "mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espirito e em verdade”, ou seja, já chegou a hora, em que você
vai poder pedir perdão a Deus a qualquer hora e em qualquer lugar. Porque Deus
é espirito, então Ele está em todos os lugares, Deus não pode ser contido em
lugar nenhum e em espaço algum.
Se ela tivesse ido mais longe na
conversa, poderia ter feito duas perguntas. A primeira pergunta seria: ‘então
não precisa mais de templo?’ e Jesus diria ‘ não, não precisa mais de templo,
nem em Jerusalém, nem no monte Gerizim. O templo passará a ser você e todo
lugar.’ A segunda pergunta que ela poderia ter feito é: ‘e quem vai morrer em
meu lugar?’ E Jesus responderia: ‘eu morro no seu lugar’.
Repare que essa mulher é brilhante,
pois quando ela diz a Jesus “Nossos pais adoravam neste monte, vós, entretanto
dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” o que ela estava
querendo dizer a Jesus era algo, como: ‘eu sei que tenho um problema para
resolver com Deus, mas ninguém mais sabe aonde se resolve o problema com Deus,
os nossos pais disseram que era em Gerizim, e vocês dizem que é em Jerusalém,
ou seja, não se sabe, ao certo, de nada’
Jesus interrompe a mulher e diz algo,
como: ‘você sabe sim, é lá em Jerusalém. Nós adoramos o que conhecemos e vocês
adoram o que não conhecem, porque a salvação vem dos judeus’. O assunto é
Salvação. Ele continua: ‘mas chegou a hora em que você vai poder pedir perdão a
Deus em qualquer lugar’.
A mulher diz algo parecido a: ‘eu
sei, que muitas coisas vão mudar, QUANDO VIER O MESSIAS CHAMADO O CRISTO!’ Os
fariseus não perceberam isso, e ela percebeu. O que ela parece dizer é: ‘eu sei
que tudo é provisório e somente o Messias, quando vier, nos anunciará todas as
coisas, e trará o definitivo. Isso foi tão extraordinário, que ela “forçou”
Jesus a se revelar! E ele diz: 'o Cristo sou EU. EU que falo contigo!' Jesus se
revela como aquele que veio anunciar todas as coisas.
Ela percebeu que tudo era provisório
e que só havia um alguém capaz de mudar isso, de pôr fim à provisoriedade
dessas coisas, e esse alguém era o Messias. É como se ela estivesse dizendo a
ela estava dizendo a Jesus: ‘O senhor pode ser profeta, mas o senhor está indo
longe demais. Só o Messias pode mudar isso’, e Jesus responde, algo como:
‘exato! Eu sou o Messias, eu vim para mudar todas as coisa!’
Jesus quebrou muitos preconceitos
nesse texto. Primeiro, o dos judeus com os samaritanos ao conversar com uma
mulher samaritana; depois, o dos homens judeus contra as mulheres; depois, o da
cuia comum, pois, um judeu não podia beber água na mesma cuia que um samaritano
(pois se ele o fizesse estaria imundo e ficaria 40 dias sem poder prestar culto
a Deus); depois, quando começou a falar com a mulher, Jesus a tratou como se
tratava um mestre, pois ficaram discutindo assuntos teológicos. E mais, Jesus
ofereceu Água Viva (o Espírito Santo) para aquela mulher já cansada de tanto
tabu, de tanto divórcio, só porque tinha opinião própria, e de, agora, estar
exposta ao vitupério por causa de uma sociedade preconceituosa. A Água Viva, a
presença do Espírito Santo, seria a vida eterna dentro dela, que a tornaria uma
pessoa acima de qualquer preconceito, ou melhor, além de qualquer
preconceituoso.
Quando qualquer pessoa trata o
próximo com e a partir do preconceito, essa pessoa demonstra ser um assassino
em potencial, e se torna réu do inferno. Estamos assistindo isso no Brasil cada
vez mais. Em pleno século XXI está ficando cada vez pior ser negro no Brasil, e
eu vejo isso dentro da igreja. Esse preconceito deve estar consumindo Jesus, no
que resta de seus sofrimentos pela Igreja.
Do quê se alimenta alguém que fez
jejum de si mesmo? Ele se alimenta de libertar o próximo, de todos aqueles que
não conseguem fazer jejum de si mesmo. E nesse mundo moderno, nós temos o
preconceito racial sendo retomado ao nível da náusea, e temos esse preconceito
com as mulheres que estão sendo tratadas, cada vez mais, como se todas elas
fossem escravas sexuais: na violência que sofrem no ambiente doméstico, nas
violações, na forma como são tratadas e na forma como são expostas na mídia,
como se fossem mercadorias.
Então, do quê que se alimenta alguém
que faz jejum de si mesmo? Se alimenta da disposição e da disponibilidade nas
mãos de Deus para libertar todos aqueles que sofrem preconceito por parte de
gente que se recusa a fazer jejum de si mesmo. E a denunciar todo esse nível de
preconceito.
Jesus libertou essa mulher de uma
forma impressionante. Jesus ainda vai quebrar mais preconceitos, porque, quando
chegam os judeus, seus discípulos, eles se admiram. Nesse trecho: “Os
discípulos chegaram e se admiraram”, é interessante notar a reação descrita - o
‘se admiraram’ é levar um susto, se surpreender. Como se eles estivessem
dizendo: “o que deu nele?” Mas como era Jesus, eles não disseram nada.
Então começaram a oferecer comida
para Jesus, que disse ter uma comida que ninguém conhecia, e que a comida, que
ele tinha, era fazer a vontade daquele o havia enviado. “A minha comida
consiste em fazer a vontade daquele que me enviou a realizar a sua obra”. Qual
é a obra de Deus? Libertar os seres humanos de toda forma de opressão, a
começar pela opressão que nasce do preconceito, que é a opressão mais comum porque
é a menos rechaçada. E é a menos enfrentada porque é socialmente aceita. Por
exemplo, é socialmente aceito um sujeito fazer piada às custas das mulheres ou
dos pretos, ou de quaisquer etnias. A discriminação foi assimilada. E as
mulheres se submetem, pois tem de sobreviver, e a maioria dos negros também se
submetem, pois, às vezes, parece que não há o que fazer.
Este é um país que assassina pretos e
pobres, é uma veia aberta na rua, o sangue jorra nas sarjetas desse país. A
barbárie, o preconceito, a discriminação, o desrespeito. Se eu fosse dar outro
nome para essa mensagem, eu daria “Jesus contra o Brasil”. Esse país
preconceituoso, e em muitos casos, preconceituoso em nome de Deus, que é um
acinte, um achincalhe da fé.
O que Jesus fez com a mulher samaritana
foi quebrar preconceitos: um atrás do outro. certamente, muito mais do que nos
é possível imaginar. Estamos há dois mil anos do evento, e, por causa do nosso
limite, em relação à cultura, não conseguimos ter toda a ideia do que estava
acontecendo ali.
É o mesmo caso de Marta e Maria,
quando Marta estava preocupada arrumando a casa e exigindo a presença de Maria,
enquanto Maria estava desfrutando da presença de Jesus. Parece que Jesus está
sendo injusto com a Marta, porque ela realmente estava tendo trabalho, mas não
era essa a questão. A questão é que Maria estava sentada aos pés de Jesus
ouvindo os ensinos dele, e isso só era permitido aos homens. Só os homens
podiam ser discipulos, as mulheres não, então as mulheres não se assentavam aos
pés dos mestres. Marta estava tentando salvar a Maria da vergonha, e Jesus do
vexame. Mas Jesus aceita a presença de Maria, o que significava que ele
aceitava Maria como discípula, e adverte Marta sobre sua agitação. Na verdade,
o que Jesus estava dizendo é: ‘Marta, você também devia se sentar aqui’. Não
temos ideia de quantos tabus e preconceitos que Jesus rompeu.
A pergunta que nós fizemos foi: do
quê se alimenta aquele que fez jejum de si mesmo? Ele se alimenta de ser
instrumento de Deus para a realização da sua obra. E qual é a obra de Deus?
Libertar os homens de toda a sorte de opressão, a começar pelo preconceito.
Essa é a obra de Deus.
Aquela mulher levou todos de sua
aldeia para encontrar com Jesus, e eles se converteram. Jesus quebrou mais um
tabu, pregou o evangelho, apresentou-se, ele o Messias de Israel, aos
samaritanos, e os samaritanos creram nEle. Os judeus devem ter ficado muito
irritados com Jesus!
Que nós, a Igreja de Jesus,
entendamos qual é o nosso papel na Terra, temos de sair dessa religião individualista,
que vive pedindo benção para Deus, mas nunca se torna benção na mão de Deus.
Por quê esse país tornou-se esse câncer exposto quando a fé cristã parece
crescer tanto? Porque a fé cristã que está crescendo, não é a fé que, de um
lado faz jejum de si mesmo, e, de outro lado, se alimenta em realizar a obra de
libertação de Deus.
Para nós, homens, cumprirmos o nosso
papel masculino e sermos os sacerdotes da nossa casa, nós não precisamos ter
medo da inteligência, quanto mais brilhante for a pessoa que estiver do nosso
lado, mais fácil é ser sacerdote. Os homens estão abrindo mão da sua postura de
sacerdotes do lar e estão, cada vez mais, se assumindo como gente que se
defende, sendo cada vez mais violentos. E a violência é a arma dos
incompetentes, dos que perderam o seu sentido de função na história, e perderam
a sua identidade.
Homem, seja o sacerdote da sua casa,
seja o sujeito que leva a sua casa a orar, seja o sujeito que leva a sua casa
para Deus. E que Deus o tenha agraciado com esposa e filhos brilhantes. E não
pense que autoridade é a arte de mandar, autoridade é a arte de ser admirado, e
quanto mais uma pessoa aprende a ouvir e a ponderar, antes de decidir, mais
admirado é. Porque na multidão dos conselhos há sabedoria.
Jesus quebrou
muitos tabus sem, em nenhum momento, abrir mão da sua posição. Nesse texto,
Jesus denunciou o preconceito de uma geração, libertando uma mulher de um
estigma negativo, e, na prática, dizendo para ela: “ Eu vim lhe trazer Vida
Eterna! E a Vida Eterna fará você transcender, superar qualquer preconceito e
enfrentar os preconceituosos.” Que Deus nos abençoe!
Ariovaldo Ramos
segunda-feira, 19 de maio de 2014
A Semente...
Jesus disse: — O Reino de Deus é comparável
a um homem que joga
a semente na terra.
Quer ele esteja acordado, quer
esteja dormindo, a semente
acaba brotando e crescendo, sem ele
saber como isso acontece.
É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro
aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga.
Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a
cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.
Marcos 4:26-29
É interessante como Jesus nos chama a uma profunda reflexão fazendo comparação entre o Reino e a Semente que o homem joga na terra e de seu processo natural e determinado até que venha a dar o seu fruto.
O processo, a sequência, acontecem
de forma regular, independente de estarmos acompanhando ou despercebidos, são
aparentes ou veladas para nossa percepção.
E nessa perspectiva temos tanto boas como más sementes em nossas
mãos, e elas produzirão frutos, quer
acordados ou quer dormindo, e serão dessas sementes que colheremos os
frutos.
Para aqueles que têm plantado a boa semente, a Palavra nos
ensina que, “os que semeiam com lágrimas, colherão com alegria”.
Para os que têm lançado sementes “incertas”, colherão tais frutos a seu tempo. Quando mais necessitar , em tempos difíceis e
de escassez, nos quais o vigor, outrora altivo, já não existirá.
Qual é a semente que
estamos jogando na terra? Como é nossa conduta diante de nossos semelhantes, de nós mesmos
e diante da vida?
Hermes Barros
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