quinta-feira, 10 de abril de 2014

O JOVEM RICO



Frequentemente leio  o texto “o jovem rico”,e , numa última leitura percebi algumas coisas das quais é possível tirar como lição. Não há nada de novo, porém penso que vale a pena discorrer sobre o assunto.

Quando Jesus fala da dificuldade de um rico entrar no reino eterno, há uma indagação por parte dos discípulos: “Quem, então, pode ser salvo?” Ao ler esta passagem de forma mecânica, ler por ler, podemos chegar ao mesmo questionamento, que, no meu ponto de vista era equivocado.

 Ora, naquela época Israel era dominado pelo Império Romano,  os Judeus não viviam essa prosperidade  que os discípulos nos levam a entender. Na verdade o povo vivia grandes dificuldades em todos os aspectos, parece-me que eles não conseguiram entender o que Cristo estava ensinando.

O jovem rico, que procurou Jesus, parecia ter uma combinação perfeita para ser feliz, era um religioso praticante:

·         Honrava pai e mãe
·         Não adulterava;
·         Era Espiritual;
·         Dono de muitas propriedades e bens,
·         Foi educado a observar a lei desde  criança;

Entretanto, havia uma busca, uma lacuna! Ele almejava algo a mais e por isso questionou: “o que fazer para ter a vida eterna?”. Talvez ele não conseguisse mais suportar aquela angústia, aquele vazio, e felizmente faz uma pergunta brilhante  para a pessoa certa.


E, através daquela  pergunta Jesus trava um diálogo, que posso até imaginar:

Jesus - Olha filho, essa questão pode ser resolvida pelos nossos ensinamentos religiosos, tens observado os mandamentos?

Jovem - quais?

Jesus os expõe.

Jovem - Ah, Senhor! Eu os tenho observado desde menino.

Jesus - E você não está em paz?

Jovem - Não! Eu continuo me sentindo vazio.

A Bíblia nos ensina que quando Jesus ouve que o rapaz obedecia aos mandamentos,  ele aponta o problema:  “Ainda te falta uma coisa”.

Acredito que tenha passado um filme na cabeça daquele moço,  talvez ele tenha sentido que  sua busca tivesse chegado ao fim. Mas quando Jesus releva sua carência humana, ele finalmente se olha reconhece que não consegue enxergar seu semelhante.

“Filho, eu sei porque você há tanto sofre com esse vazio, precisa “desprender” , “vender” o que tens, tudo que possui, tudo que te faz ser orgulhoso de si, e repartir com seus semelhante. Você precisa atribuir importância às pessoas da mesma forma que você atribui ao que tens, é necessário que você dê  a elas o mesmo valor  que você dá ao que guardas e ao que te dá prestígio.

Ao ouvir isso, o Jovem Rico entra novamente em seu estado inicial, sai triste e confuso porque possuía muitos bens. Talvez sua riqueza  fosse o que lhe destacava como “especial”, seu bens eram o orgulho da sua vida, e desfazer  de tudo naquele momento,  para seguir  alguém que não tinha onde dormir, não fazia sentido algum.

Que não seja assim na nossa vida. Que  possamos compartilhar tudo o  que temos com nossos semelhantes, sem o sentimento de que o que temos nos faz “especiais”. Mas tendo a consciência de que podemos em Cristo e  por Ele  mudar a realidade das pessoas.




Hermes Barros

terça-feira, 8 de abril de 2014



VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO

Vós sois a luz do mundo. (...) Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus. 
Mateus 5:14, 16.

Percebemos  o que   está dizendo? “Para que vejam as vossas boas obras”. Não boas opiniões, boas idéias religiosas, teorias, discursos nem palavras que impressionem.
Eu  sou a “luz do mundo”, mas, se trapaceio em meus negócios, exploro os outros e tiro vantagens deles, se roubo, minto, dou informações falsas, não pago minhas dívidas, calunio e não controlo meu temperamento, então eu “desligo” a luz, crio um “apagão”.
O argumento de Jesus é simples, mas extraorinário:

O valor da luz está no seu contraste com as trevas.

Quando a luz deixa de iluminar, ela não apenas perde seu valor, mas deixa de existir como luz. Jesus falou de ações concretas, não de propaganda religiosa. É precisamente isso que o mundo está esperando dos cristãos.



Parte do livro Meditações Diárias

Amin A.  Rodor