Após assistir um vídeo do pastor Ariovaldo Ramos, o qual desenvolve um ministério pela Visão Mundial, visando não só ensinar o aspecto espiritual, mas realizar também um trabalho social, principalmente com o público infantil, percebo ( e concordo com o pastor) que a igreja tem despertado para esse lado social, porém a realidade poderia ser muito melhor e mais impactante do que é atualmente.
Como o próprio Ariovaldo disse, citando Mt 9:37 "... a seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros" e ainda complementou nos lembrando que o Espírito Santo dá dons a todos, a Igreja é o único lugar no mundo onde cada um tem o seu dom e sabe o que se deve fazer.
Realmente a Igreja realiza um trabalho social importante ao
resgatar pessoas que até então tinham vidas problemáticas, envolvidas muitas vezes com vícios,
ilegalidades, crimes, etc, e transformá-las pelo poder da pregação do evangelho.
No entanto, isso acontece, não poucas vezes, não por consciência própria da Igreja, mas por
resultado da salvação que há em Jesus Cristo.
É preciso entender que o Reino de Deus é chegado a nós, e nós como luz do mundo, que brilha (ou deveria brilhar) em meio as trevas, somos agentes que visam promover a justiça de Deus. O Reino de Deus é Justiça. E a Igreja, como o corpo de Cristo, precisa despertar a consciência do seu papel na vida econômica, política, social, ambiental e tantos quantos mais esferas alcançar, além do espiritual.
O problema é que tudo que não é "espiritual" (ou juga-se não ter relação com o espiritual) é conferido menos importância ou até mesmo considerado como a "não vontade de Deus". E o Senhor Jesus nos ensina completamente ao contrário.
Jesus não despedia as pessoas com fome, pelo contrário, nos recomendava a alimentá-las. E era no sentido real o contexto. Mas entendemos apenas o que queremos entender.
O evangelho nos liberta em todos os sentidos. O espiritual é o primeiro, mas Deus não deixa de acrescentar as demais coisas. É por isso mesmo que Ele nos manda procurar o seu Reino e Sua Justiça.
A igreja precisa fazer a diferença de forma consciente. Que nós, como Igreja de Cristo, sejamos verdadeiramente a luz e o sal da terra, tais como astros resplandecentes no meio de uma geração corrompida que precisa da mais pura Palavra de Deus para serem transformadas e transformadoras do meio em que vivem, e que os reflexos dessas mudanças se deem em todos os aspectos de suas vidas, a começar pelo espiritual e se estender em toda a plenitude do ser humano.
Que saiamos da teoria "espiritual" e passemos à prática do evangelho.
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